Sim. Elas vêm, toda hora, a todo tempo, as ideias.
Mas prostrado, retalhado, desconfiado, desiludido, só as recebe na cara quem está orbitando por perto.
Os braços longos não chegam mais até ti. Foram cortados e sangram.
A audácia se intimidou definitivamente dentro do meu peito e sem a timidez audaz não sou mais eu no meio: não há meio, não existo. Não faz sentido a minha existência. Ninguém tem uma opinião sobre a minha existência. Ainda bem.
Os meus limites do mundo se tornaram, assim, o que sempre foram: eu mesmo, julgando sempre.
Desnecessário, invadido e violentado, desapareceu em mim o sentido do mundo no sem-sentido das regras, ditadas por aquilo tudo que não sou eu. Sem vontade de invadir, sou o que resta da tua indiferença, da tua invasão e da tua violência.
Para que mais uma opinião se posso dar um berro?
E nem isso importará, se for ouvido por alguém.
Enquanto isso, ouço.